A Medicina a serviço da morte: A enfermeira que matou a yorkshire Lana



Camilla, a assassina da yorkshire (Foto: Reprodução)

No final de 2011 o Brasil se chocou com um vídeo em que uma enfermeira espancava uma yorkshire. Pela data das gravações, a tortura durou um mês ao final do qual a frágil cachorrinha foi encontrada morta, não se sabe se por conseqüência do espancamento freqüente ou se teve sua vida abreviada no dia em que a polícia decidiu vistoriar o apartamento de Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, em Goiânia.

A cena da cachorrinha molhada e tremendo de medo, se escondendo da agressora, dificilmente se apagará da memória de milhares de pessoas. A enfermeira alegou “ter sido mal interpretada”. Disse que a cachorrinha estava dando muito trabalho, sujando a casa toda e que não bateu com intenção de matar, mas de “educar”. No vídeo pode-se ver até mesmo a filha da enfermeira, de dois anos, correndo atrás da mãe com uma enorme pá de lixo na mão como que se dispondo a limpar a casa.

Camilla pode pertencer a uma categoria chamada “psicopata temporário” que, segundo a ciência, não comete crimes em série (repetidamente ao longo de meses ou anos) nem em massa (vários de uma só vez) mas, por outro lado, não controla sua agressividade quando exposta a alguma situação de estresse e pode, nessas ocasiões, transferir sua frustração ou ódio para um animal, filho ou qualquer outra pessoa. Nessa categoria podem se enquadrar outros agressores e matadores de animais como aqueles que com pauladas tornam um bicho paraplégico ou que botam fogo ou esfaqueiam o próprio animal.

Camilla não apenas é enfermeira como também é casada com um médico. Um casal que, à princípio, as pessoas imaginam terem “vocação” para salvar vidas, sejam quais forem. E um detalhe chama a atenção: a vizinha que denunciou a enfermeira disse que a yorkshire não foi o primeiro animal de Camilla. Ela a viu com outros cães antes que, misteriosamente, sumiram da noite para o dia.

Apesar do crime assumido, Camilla foi apenas multada em R$ 1, 5 mil e sua prisão é improvável por conta da brandura das leis brasileiras que, inadvertidamente, deixam de enxergar nas pessoas que maltratam ou matam animais indivíduos de alta periculosidade. Perigo para bichos e para crianças e pessoas indefesas.

 ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais

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